Prevenção da Febre do Oropouche: trabalho das Zoonoses no interior

A Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), iniciou neste mês, um trabalho de conscientização e prevenção da febre do Oropouche nas propriedades rurais do município. O objetivo é alertar a população sobre os cuidados necessários para evitar a transmissão dessa doença, que é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, popularmente conhecido como "mosquito maruim."

De acordo com o coordenador do CCZ, Gilberto Mario dos Santos, é fundamental evitar a exposição ao vetor, mantendo o ambiente limpo e adotando medidas de prevenção, como o uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, a aplicação de repelente nas áreas expostas da pele e o uso de telas de malha fina nas janelas e portas.

A limpeza dos terrenos e a remoção de folhas e frutos caídos também contribuem para reduzir o habitat do mosquito transmissor. "Orientamos a população sobre a importância de podar árvores para permitir que o sol incida diretamente no solo, eliminando locais ideais para a proliferação do vetor. A busca por atendimento médico imediato também é essencial caso os sintomas da doença, como febre alta, dor de cabeça, dor nas articulações e manchas vermelhas na pele, sejam identificados", explica Gilberto.

Durante a última semana, as equipes estiveram nas comunidades de São Miguel, Cabeça Quebrada e Buenos Aires, realizando visitas domiciliares e esclarecendo dúvidas. Durante o trabalho, foram destacadas as ações preventivas e os sintomas da doença, que, caso não tratados corretamente, podem levar a complicações graves, como internações em unidades de terapia intensiva (UTI).

"As ações de conscientização representam um avanço no combate à febre do Oropouche, uma vez que, até o momento, apenas algumas cidades do Estado, como Alfredo Chaves, Anchieta e Viana, estão realizando ações de conscientização. É um trabalho fundamental, especialmente porque há casos confirmados em todos os 78 municípios do Espírito Santo", afirmou Gilberto.

O trabalho de prevenção é um passo importante na luta contra a febre do Oropouche, que tem se expandido na região. A atuação do CCZ visa garantir a saúde da população, buscando diminuir a incidência da doença e evitar novos casos.

"Infelizmente ainda não existe um inseticida que possa combater o mosquito, como acontece com o 'Aedes aegypti' (conhecido por mosquito da dengue). Não existe nada comprovado ainda que possa fazer o controle químico do Maruim. Por isso a nossa principal arma é não permitir que o 'mosquito maruim' prolifere, e chegue ao contato com as pessoas", completa o coordenador do CCZ.